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24 de Abril de 2024

Oxente mainha: advogado tem ataque de raiva em audiência na Bahia.

"Pelo amor de Deus Excelência", "eu estou cansado", "eu estou cansado", vociferou o advogado.

Publicado por Silvimar Charlles
há 3 anos

E aí pessoal! Tudo certinho?

É muito comum, para quem é nordestino, quando em outros estados fora da região perderem o nome. Como assim Silvimar? O José Neto, da Paraíba no Rio de Janeiro, por exemplo, é chamado simplesmente de "Paraíba", o Crispim Araújo, de Pernambuco, em São Paulo, é chamado somente de "Pernambuco" e eu, Silvimar Charlles, com esse "Charlles" talvez em homenagem ao Príncipe Charles do Reino Unido, quando morei em outro estado, era chamado de "Baiano", até aí nada demais pois tenho muito orgulho nisso . Curioso mesmo é a percepção que os outros têm de nós, os baianos, pensam que todas as nossas casas têm redes, pensam que há carcaças de gado morto em cada esquina das nossas cidades por conta da região árida e ainda pensam que todos somos adeptos das religiões de Matrizes Africana.

Sem contar as expressões que denotam que somos extremamente passivos e lentos como o "Gelo Baiano", em referência aos blocos primais de concreto que bloqueiam ruas e disciplinam o trânsito, o "gelo" seria em referência ao formato e "baiano" seria por que, segundo quem criou a expressão, o povo baiano seria tão preguiçoso que nem derreteria. Outra expressão é a "Moto de Baiano", em referência ao equipamento utilizado nas construções de estradas, o compactador de solo. E o porquê dessa expressão Silvimar? Durante muitas décadas nordestinos baianos se deslocavam para outros estados em busca de oportunidades de emprego e, geralmente, com baixa qualificação eram empregado na construção civil e obras de rodovias, quando eram designado a operar, quase que com exclusividade, essas máquinas que não exigiam muito conhecimento técnico. Isso, sem contar as piadas de como os baiano se suicidam.

Mas o que tudo isso tem a ver com título desse artigo Silvimar?

Que, embora o senso comum mostre o baiano como um ser passivo, lento ou preguiçoso, essa NÃO É A REALIDADE. Quando ficamos "retados", "virados no 180º", zangados, "se saia viu?", é melhor sair da frente. E foi o que aconteceu com o advogado baiano, David Salamão, candidato a prefeito de Vitória da Conquista, na Bahia, que se exaltou e perdeu a compostura durante uma audiência virtual do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/BA) realizada no último dia 5. Após o presidente da casa, o Desembargador Jatahy Júnior, pedir objetividade, ele gritou que estava "cansado de tanta injustiça", enquanto gesticulava de forma contundente.

Imagens da sessão plenária feita pela plataforma Zoom mostram o momento em que o advogado se irrita e chega a ter o aúdio cortado. A cena ocorre logo depois que o Desembargador faz um apelo para o advogado, que advogava em causa própria. Em análise, estava um recurso interposto por ele referente a uma sentença em primeira instância que julgou procedente a configuração de propaganda eleitoral irregular, pela qual foi condenado a pagar R$ 5 mil.

"Seja bastante objetivo, colabore conosco", solicitou o Magistrado.

O advogado respondeu: "Excelência, por que toda vez que o advogado vai falar é essa agonia?", questiona.

Ao citar a Constituição, Salomão é interrompido pelo desembargador que diz: "Essa não é uma questão de ordem". Salomão então pede que o magistrado o deixe explicar, e é advertido novamente para que seja objetivo.

"Vamos ter que suspender o julgamento, não pode julgar. Está carreado aos autos, está na peça do recurso, como é que ele não viu e vai julgar? Pelo amor de Deus, Excelência. Eu estou cansado, estou cansado de tanta injustiça", brada à medida que gesticula freneticamente.

Diante do descontrole, o advogado teve o áudio cortado, embora permanecesse gritando. Presente na sessão, o procurador regional eleitoral Claúdio Gusmão pediu que as gravações fossem remetidas à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), para apurar a conduta de Salomão.

Antes do destempero, Salomão havia argumentado que se sente perseguido por juízes da Bahia e chegou a citar uma passagem bíblica ao ter a palavra. Ele rebateu o parecer do relator do caso, o desembargador Roberto Frank, que votou por negar o provimento do recurso.

FONTE: epoca.globo.com

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Um forte abraço e até a próxima!!!

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Infelizmente alguns juizes se sentem superiores e não respeitam os advogados como deveríam. Já fui severamente advertida em uma audiência por videoconferência ao pedir que a juíza esclarecesse uma pergunta feita a uma testemunha. Ela mandou, isso mesmo, mandou que eu me colocasse no meu lugar e não atravessasse o interrogatório, isso aos gritos. Como já tenho uma certa experiência e sei como as coisas funcionam, para que não prejudicasse meu cliente me calei e posteriormente consegui esclarecer a pergunta. Acredito q se a situação tivesse ocorrido com um advogado iniciante, poderia ter abalo bastante sua estrutura emocional prejudicando o processo. Ossos do ofício né! continuar lendo

Conheço muitas expressões da região Nordeste, até porque sou nordestina. Agora é lamentável como essa casta de juízes, ou melhor a grande maioria do judiciário pensam que são soberanos. Ridículo esse desembargador não ouvir o advogado e mandar ele ser objetivo, espero que a OAB possa entender que ali quem foi prejudicado foi o advogado. Essa casta tem que perder todos os privilégios, tais como: vitaliciedade, e outros privilégios que de tantos não dá citar aqui. continuar lendo

Eu sempre mantenho a calma, creio que o advogado acima se excedeu mesmo, não é necessário perder a linha. Só me exalto se o magistrado começar a se exaltar também, ele poderia ter falado "por favor, peço que a turma não atrapalhe minha sustentação", se continuar a interferir pede para constar em ata. Creio que se exaltar não vai levar a lugar algum, ninguém ganha no grito. Por isso, não é aconselhado advogado atuar em causa própria. Certa vez, uma juíza quis aconselhar meu cliente a aceitar uma proposta de acordo porque ele ia perder aquele processo, na hora eu já falei "eu sou o advogado dele, deixa que este trabalho compete a mim, se vai julgar os pedidos improcedentes guarde isto para sua sentença". continuar lendo